segunda-feira, 31 de maio de 2010

O homem do PCPC

Iniciamos hoje uma série de entrevistas com pré-candidatos a presidência da República que não conseguiram registro no TSE. O primeiro deles é Ariosvaldo Santella, integrante de uma das mais radicais legendas do cenário político nacional – o PCPC (Partido Comunista Pra Caralho).

Por que o Sr. não conseguiu registrar sua candidatura?

A estrutura do PCPC ainda é pequena. Além da Kombi, temos uma quitinete no centro, onde realizamos as convenções partidárias. Outro problema são as dissidências internas. Uma das nossas alas mais à direita resolveu apoiar a candidatura do Partido da Causa Operária (PCO). Mas eleição não é tudo. O principal é o nosso projeto socialista, a ser implantado assim que as condições reais permitirem.

E quando as condições reais vão permitir?

Logo, logo. Há uma insatisfação generalizada contra os candidatos burgueses, a serviço do imperialismo, como aquela ex-ministra, o torcedor do Palmeiras e a moça da Natura. Não quero citar nomes para não dar colher de chá à burguesia, seja ela do Rio Grande do Sul – ou seria Minas? -, da Mooca ou de Xapuri. Sem contar que já respiramos aquele saudável clima de guerra fria. Queremos nosso mundo bipolar de volta, com o Brasil no lugar da antiga União Soviética.

Qual a plataforma de seu partido?

O fortalecimento do Estado. Não esse fortalecimento que está ai, misturado com neoliberalismo. Mas um de verdade, com o fim da iniciativa privada, dos meios de comunicação e do poder legislativo. Implantaremos o socialismo no primeiro dia de governo. A partir daí, tudo será feito pela democracia direta, com eleições para todos os cargos, inclusive a presidência do Banco Central, que será transformado em cooperativa sob o comando dos trabalhadores. Outra mudança, para marcar os novos tempos, será trocar o nome do Ministério da Defesa, que passará a ser chamar Ministério do Ataque.

Mas como chegar até lá?

O candidato do PSOL está divulgando nossa idéia como se fosse sua. Queremos usar o twitter e o facebook para conquistar militantes. São coisas da burguesia, eu sei, mas vamos operá-las contra seus criadores. E no primeiro dia de governo, transformaremos as redes sociais em redes socialistas. RTs e #FF só com autorização do comitê central.

@_lulafalcao

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