E se a gente juntasse mãe e filha com um
coroa legal? Ele e a menina estão apaixonados, mas sua conversa é com a mãe, de
sua geração, e para transformar isso num grande inferno romântico,
acrescente-se que a mais velha nutre dois sentimentos: acha a relação de sua
filha absurda e também está a fim do cara.
Já existe, eu sei. Lolita, Nabokov. Mas é
apenas o começo. Depois, a mãe descobre que tem câncer e, a partir daí, o homem
passa a rever sua relação com a ninfeta e a pensar seriamente em mudar as
coisas: trocar a filha pela mãe.
Outra que existe. Tudo bem, mas não
misturada com o primeiro parágrafo. Muito menos com o que vem a seguir:
Então, a mãe curada toma uma decisão para
dar uma quebrada na história: resolve aproveitar a vida e cai no mundo, longe
da filha e do futuro amante. Deixa para trás um casal meio entediado, sua filha
e o coroa, e parte numa viagem de autoconhecimento à Índia. Volta para abrir um
restaurante de cozinha da Manchúria, mas por uma razão ainda não pensada,
termina se envolvendo com um vereador viciado em drogas e ela própria passa a
consumir todo o cardápio da loucura. Assim, bem dramático. Dá para tirar a
Índia e ir direto para as drogas? Dá. Fica menos parecido com as novelas
orientais da Globo e sai mais barato.
Tem que chamar gente boa para os diálogos e
dar forma à ideia. O final pode ser numa clinica de recuperação de viciados. O
casal – o coroa e a ex-ninfeta - vai visitar a mãe-sogra e aí rola um texto
emocionante (pensar nisso) e depois a gente resolve se vai ter final feliz ou
não.
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