Quem reclama do tamanho do Estado não
precisa do Estado. Fodam-se os outros.
Tenho meu plano de saúde, escola particular, aposentadoria privada,
participação nos lucros da empresa e outras inúmeras vantagens do capitalismo. A pergunta é por que me escolheram? A alguns
respondo que foi a vontade de Deus e caso encerrado. Outros, no entanto, exigem
respostas mais terrenas e sociológicas. Digo: tive a sorte de nascer numa boa
família, estudar em bons colégios e conhecer gente importante no empresariado,
amigos do meu pai, cuja herança também ajuda nas despesas, que não são
pequenas, especialmente por causa dos impostos. Existem também as pessoas que
vieram do nada e, com muito trabalho, subiram na vida. A ambição as livrou do fracasso
e da dependência do Estado paternalista.
Nesse aspecto, minha grande preocupação é o
processo eleitoral, pois o dinheiro não dá para todo mundo e os recursos, como
sabemos, são escassos. Não podemos distribuí-los de forma igualitária e quem
não tem acesso a bens materiais termina votando contra a gente. Eis o grande
problema da democracia. Perdemos muitas eleições pelo fato de sermos minoria e
ninguém leva em conta que somos melhores, mais bem preparados e aptos a
conduzir os destinos da nação. O diabo é que para colocar as rédeas nesse povo
vamos precisar de um Estado forte.
Pode não ser tão simples assim e é melhor
que não seja.
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O Brasileiro sempre gostou de bundas e esse
gosto foi se exacerbando até chegar ao culto de traseiros imensos,
paquidérmicos, desproporcionais em relação ao resto do corpo de algumas
mulheres. Foram construídos a duras penas, em academias, pois as coxas, também descomunais
e musculosas, lembram as coxas do lateral Roberto Carlos. Não dá para pensar numa
fêmea desse porte para noites de amor e sexo. Mais fácil imaginá-las tomando
distância para bater uma falta.
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