A receita para uma boa carta de suicida é a concisão e a elegância, dizia o
professor em sua oficina de texto, tratando a questão como categoria literária.
Os alunos, todos com motivos para partir, queriam deixar para este mundo um
adeus com estilo, uma despedida capaz de interessar aos parentes e a crítica.
Um erro gramatical seria pior do que a morte, aliás, muito pior. Eles pareciam
satisfeitos com a aula, até animados. O professor deu ainda mais motivos para
certa excitação ao informar que as melhores cartas seriam publicadas numa
coletânea.
domingo, 7 de junho de 2015
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